Francisco: perfil de um papa que lê Dostoievski e Borges, ouve muito, fala pouco e fez da pobreza um combate

14-03-2013 19:04

Apesar da saúde frágil – extraíram-lhe parte do pulmão direito aos 20 anos – leva uma vida ascética e levanta-se às 4h30 da manhã para um dia de trabalho que começa sempre pela demorada leitura de uma imprensa a quem não deu mais que uma entrevista. O novo papa é conhecido por falar pouco mas ouvir muito. Grande leitor, sobretudo de romances russos, com Dostoievsky à cabeça, e o seu compatriota Borges, aprecia também ópera e é um fervoroso adepto do San Lorenzo, um dos grandes clubes da capital argentina, fundado em 1908 por um padre. Em 2009 não hesitou ir morar num bairro de barracas, em casa de um dos seus padres, então ameaçado de morte pelos traficantes de droga. Tendo feito da pobreza um dos seus combates, este crítico aceso do neoliberalismo e da globalização tornou-se uma autoridade moral incontestável na Argentina e no exterior.

 

Fonte: Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura